Da redação

Relatório divulgado ontem (12) pela organização não governamental Human Rights Watch critica a superlotação dos presídios brasileiros e diz que falhas na legislação antidrogas levam a esse quadro. A entidade também condena a não separação de detentos por tipo de crime e por ligação com facções criminosas nas cadeias do país.
As recentes chacinas em presídios no Amazonas e em Roraima, que mataram cerca de 100 presos no começo de janeiro, não são abordadas no relatório deste ano. Muitas pessoas são presas por portar quantidades pequenas de drogas e acabam sendo tratadas como traficantes e encarceradas ao lado de condenados por crimes graves, como latrocínio, homicídio, entre outros.
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A política de combate às drogas no país deve ser revista levando em conta a situação prisional, uma vez que cerca de 60% da população carcerária masculina está nas cadeias por crimes relacionados a drogas. Entre as mulheres, o percentual é de quase 30%.
Também em relação ao sistema prisional, a Human Rights Watch aponta no relatório a necessidade de separação entre presos provisórios – que ainda aguardam julgamento – e os que já foram condenados. Além disso, a entidade também defende a divisão dos detentos por periculosidade e por envolvimento com facções, para evitar que grupos rivais entrem em conflito como o que levou à recente chacina em Manaus.
*Informações Agência Brasil