Da redação
“Desafio a Sabesp a comprovar que cometi algum crime que motive pedir minha prisão. Na minha visão, só deve pedir prisão de quem cometeu crime. E eu não cometi nenhum. Estou defendendo o interesse da população de Santo André”, afirmou o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), sobre o caso da dívida da cidade com a Sabesp (Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo). O Chefe do Executivo ainda considerou “desproporcional”, além de ser uma “medida intimidatória”, o setor jurídico da companhia entrar com pedido de prisão na Justiça.
Conheça o caso:
A briga entre Sabesp e Prefeitura de Santo André se arrasta desde o final da década de 1990, quando alguns municípios, como Santo André e Mauá, começaram a questionar na Justiça o preço que a Sabesp cobra pelo metro cúbico de água em atacado, alegando que o valor é abusivo.
A Sabesp alega que a dívida do Semasa (Serviço de Saneamento Ambiental de Santo André) era de R$ 3,2 bilhões até abril. A prefeitura alega que pagou à Sabesp R$ 105 milhões em 2015 e R$ 185 milhões em 2016.
O setor jurídico da Sabesp alega que, embora a Prefeitura de Santo André tenha sido obrigada judicialmente, em 2013, a incluir no orçamento anual o pagamento da dívida com a companhia, isso não vem acontecendo.
Em novembro de 2015, a prefeitura – por meio do Semasa, entrou com ação no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que avalia concorrência desleal entre empresas, alegando que a Sabesp cobra preços abusivos pela água em atacado.